terça-feira, 21 de abril de 2015

Estudantes da escola Dom Pedro II participam de atividade de educação ambiental


A poucos metros da Escola Estadual de Ensino Fundamental Dom Pedro II, de Erechim, o Rio Tigre segue seu curso sobre uma estrutura de concreto, construída há aproximadamente 20 anos. Castigado pelo lixo depositado no local, o trecho passou a ser chamado de “sangão” e atrai a atenção de quem passa pelo local diariamente. Mas como é logo adiante? Para onde vão estes resíduos? Determinados a buscar respostas para estas questões, alunos da escola localizada no bairro Progresso participaram de uma atividade de campo promovida pelo Projeto Rio Tigre, na última quinta-feira (15).
No trecho em que o rio passa pela propriedade da família Bianchi, às margens da RS 477, os estudantes puderam observar os inúmeros danos causados pela ação humana: pontos de assoreamento, resíduos de podas, roupas, eletrodomésticos e tantos outros objetos nocivos ao meio ambiente.
Para a estudante Eduarda Barroso Alves Borges, o que mais chamou a atenção foi o lixo preso às árvores. “O rio é nosso e precisamos fazer alguma coisa para conscientizar a população”, disse. O colega Cristian Fragoso Brasil, acredita que conhecer a realidade do rio e chamar a atenção do município para a situação já são formas de contribuir para a recuperação do recurso hídrico. “Estou fazendo a minha parte. Me comprometi a ajudar, porque afinal a água é nossa”, reforçou.
Nas atividades de campo, os participantes recebem diversas informações sobre a gestão compartilhada da água e do lixo e em algumas ocasiões a ação resulta em debates e trabalhos avaliativos dentro de sala de aula. Para a coordenadora pedagógica Vera Sandra Benits a partir da atividade, os estudantes passam a ter novas atitudes relacionadas às questões ambientais. “Aprendemos que ajudar a natureza faz bem para o planeta”, complementou o aluno Bruno Kaczanovski Ferreira.
Esta não é a primeira atividade promovida pelo Projeto Rio Tigre, da qual a escola Dom Pedro participa. Em 2014, professores da instituição de ensino realizaram o curso em Gestão e Educação Ambiental, que resultou no Projeto “Papel: com suas várias vidas”, executado pelas professoras Maria Elisa Simgame, Neiva Maria Buchkoski e Vera Benits. Nele, o objetivo foi trabalhar juntamente com a comunidade escolar o uso consciente do papel. Para tanto, uma campanha de separação do material foi realizada e posteriormente foram buscadas formas corretas e eficientes de destinação.
Além do curso, a escola também participou da escolha do nome do mascote do Projeto Rio Tigre. Durante as visitas, os alunos dos terceiros, quartos e quintos anos puderam conhecer o Projeto patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e receberam brindes como réguas, chaveiros e o próprio mascote – o Aguito.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Gestora ambiental tem trabalho aprovado em evento internacional


O trabalho de educação ambiental desenvolvido pela gestora ambiental Nadia Varotto no município de Três Arroios, foi reconhecido internacionalmente. Ela encontrou na fotografia um instrumento de sensibilização para as mais diversas temáticas. Em 2014, através da 3ª Maratona Fotográfica, os participantes voltaram as lentes para as questões ambientais. O projeto foi aprimorado durante o Curso em Gestão e Educação Ambiental com Práticas Pedagógicas em Educação Ambiental promovido pelo Projeto Rio Tigre. O resultado do empenho e qualificação do trabalho foi a aprovação no XV Encontro de Geógrafos da América Latina – “Por una América Latina unida y sostenible”, em Cuba. O evento iniciou no dia 6 de abril e encerra na sexta-feira (10). Infelizmente, por questões particulares, a professora não poderá apresentar o trabalho no encontro, mesmo assim, o reconhecimento servirá de motivação para as próximas edições. Na entrevista abaixo, Nádia fala sobre o projeto e a participação no Curso oferecido pelo Projeto Rio Tigre.


Projeto Rio Tigre - Como surgiu a oportunidade de apresentar o projeto em Cuba?

Nádia Varotto -
O convite surgiu no dia da Apresentação final do Curso de Formação de Professores da Eloverde junto a UFFS de Erechim, uma aluna da Instituição assistiu a apresentação e sugeriu a inscrição do trabalho no XV Encontro de Geógrafos da América Latina - Por una América Latina unida y sostenible- que está acontecendo em Havana, Cuba, de 6 a 10 de abril de 2015. Encaminhei o resumo do projeto que foi selecionado para apresentação e posteriormente o trabalho completo.
O evento é um encontro que tem se consolidado como um espaço de reflexão e discussão sobre diversos temas. Destaco os debates sobre os principais problemas ambientais, econômicos e sociais presentes nas diversidades regionais, e a exposição e intercâmbio de experiências e boas práticas. São diversas conferências e apresentações de trabalhos e minicursos.
A expectativa é para a troca de experiências, o debate de ideias, a convivência com outros cenários, outras realidades, que somadas ao nosso cotidiano se transformam em aprendizagem, e podem servir de inspiração para novos projetos e ações em meu município.


Projeto Rio Tigre - Como foi sua experiência no curso oferecido pela Eloverde. A partir dele foi possível aprimorar o projeto?


Nádia Varotto - A experiência do curso oferecido pela Eloverde foi extraodinária. A partir dele o projeto que já vinha sendo desenvolvido no município de Três Arroios, foi aprimorado. Com as orientações recebidas e as discussões sobre as questões ambientais foi possível reestruturar e ampliar o projeto, voltando o olhar mais para as questões socioambientais, buscando sempre a participação efetiva da comunidade. O projeto foi reavaliado, ganhou forma, acrescentou conteúdos, seguiu uma metodologia que buscou a constante avaliação dos resultados. Enfim foi um dos destaques na Feira do Município que ocorreu em novembro de 2014 e agora foi aprovado para apresentação em um Encontro Internacional.

Projeto Rio Tigre -O projeto envolveu somente escolas ou a comunidade em geral?

Nádia Varotto - O projeto foi apresentado nas escolas e envolveu todas as turmas da rede municipal e estadual de ensino que juntamente com os professores efetuaram suas pesquisas e registros. Também envolveu a comunidade em geral tendo um expressivo número de participantes.

Projeto Rio Tigre - Houve alguma oficina ou instrução aos participantes?

Nádia Varotto - Sim, o projeto foi apresentado através da explanação dos objetivos do projeto e dos temas socioambientais e também foi oferecida uma palestra com profissional da área de fotografia com dicas e sugestões para melhor captar as imagens.

Projeto Rio Tigre -Que transformações a Maratona Fotográfica provocou na comunidade?Nádia Varotto - Um dos objetivos da Maratona era despertar o olhar da comunidade para a observação e admiração dos espaços socioambientais como instrumento de sensibilização. Podemos afirmar que foi amplamente atingido uma vez que os participantes - tanto os que captaram as imagens como aqueles que as observaram nas exposições - demonstraram profunda admiração pelas imagens. Durante a exposição na feira do Município e demais exposições itinerantes na cidade a comunidade ficava encantada com as belezas naturais, que muitas vezes passam despercebidas de nossos olhos no dia a dia, e comentavam a necessidade urgente de mudarmos nossos hábitos e atitudes para preservarmos espaços como aqueles retratados.