Contudo,
mesmo muito jovens, já compreendem que transpor os limites do papel não é tarefa
simples. Na tarde do último sábado (13), ao serem indagadas sobre a atual
situação do rio, palavras como “sujo”, “poluído” e até mesmo “morto”, foram
repetidas inúmeras vezes. Alguns chegaram contar histórias que ouviram dos pais
e avós, do tempo em que a vida ainda era pujante no Rio Tigre.
Para
Daniel, que coordenou a atividade realizada no Centro de Artes e Esportes
Unificados (CEU), a perspectiva é animadora, considerando que foi o primeiro
evento deste tipo na comunidade. “As crianças se divertiram enquanto aprenderam
sobre seus espaços de vizinhança, especialmente o rio. Recebemos muita
cooperação do diretor CEU, Jonas Santos, a quem agradeço por nos dar espaço”,
diz.
Daniel
também ressalta a importância de dar continuidade ao trabalho através de novos
eventos que possam “chamar mais e mais pessoas”. “E mais importante: continuar a transmitir a
mensagem de que a melhor maneira de ajudar o meio ambiente é reforçando o
sentimento de que os espaços que habitamos nos pertencem. O que é importante
nestes processos é a consistência e acompanhamento. O objetivo, em última
análise , é descobrir líderes que possam continuar a desenvolver esta tarefa na
comunidade”, explica.
Segundo
o engenheiro, as crianças ficaram entusiasmadas com a ideia de desenhar como
gostariam que o Rio Tigre fosse. “Elas estavam abertas para falar conosco e nos
contar suas histórias. Definitivamente foi muito divertido trabalhar com as
crianças”, diz.
A
atividade foi promovida através do Projeto Rio Tigre, patrocinado pela
Petrobras, dentro do Programa Petrobras Socioambiental. Os desenhos foram
colados em um grande cartaz que ficará exposto próximo à biblioteca do CEU.